terça-feira, julho 20, 2010

A gente vive perdendo coisas pelo caminho. Pode ser as chaves de casa, uma caneta emprestada, um papel anotado, a idéia genial ou uma oportunidade. Tem gente que vive perdendo coisas miúdas por aí. Eu sempre perco meu celular por ai e, pra ser sincera, desde que me entendo por gente, compro meias com cordinhas para coloca-lo na promessa de que, dessa vez eu não vou perder. Mas a gente sempre perde, por mais que lute contra...
Há ainda que perdem um encontro de amigos, perdem uma viagem, perdem o ápice de uma conversa por achar aquela situação ou momento irrisória demais, nao dando a devida atençao...
Se pararmos pra pensar bem ,a vida é uma grande perda, desde os minutos engolidos pelo relógio no início do dia até o avião que acaba de decolar, e você não viu, levando alguém que você nem sabe quando vai ver de novo. E acho que não há perda mais enjoada e indigesta do que essa de perder coisas vivas...
Perder pessoas é um tipo de perda que você não se habitua. Pode-se até aceitar mais facilmente... mas nunca se acostuma, assim como quem se conforma em nunca achar o brinco que tanto gosta no meio das bugigangas...
Quando você perde uma pessoa, não são só os espaços físicos que ficam em branco. Você sente o peso do nada, o que é engraçado. É meio triste quando você perde a unica pessoa que ri daquilo que ninguém mais acha engraçado; que te cutuca muito discretamente e você entende o que ela quer dizer sem que um conjunto de dez palavras precise ser pronunciada; quando você perde alguém que é um pedaço intriseco do seu dia, todos os dias; quando tudo o que existe ao seu redor, começando pelo seu reflexo no espelho para terminar naquilo que você está pensando e que, sem querer, é o seu ultimo pensamento do dia; quando você começa a imaginar, meio desesperado, como faz pra começar uma vida nova; quando você tem tanta coisa pra dizer, pra mostrar, pra entender, e a única coisa que consegue dizer é tchau.
O mesmo vale para o medo... ele também representa a perda diária... a perda pois ficamos inertes com receio de tentar algo novo, o medo de se aventurar em loucuras com receio de estragar o que iria se formando... e ai quando olhamos para trás, nao há "se" mas apenas pensamentos que foram soterrados pelo medo...
O medo também é futurista... faz com que indaguemos se nossos atos hodiernos farão com que no futuro sejamos desfalcados novamente...

É triste, mas é a vida.
" Nossas dúdivas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar." Shakespeare

terça-feira, julho 06, 2010

Que dia !!

Não consigo escrever nada. Embora me rondem inumeras ideias nao consigo expo-las em palavras...Tenho em mim dúvidas, meias respostas e recordações...Infeliz falta de criatividade e inspiração.
Queria escrever todas as ideias que me caem na imaginação como luva... navegar e brincar com o vernáculo...Lapidar as palavras com o charme da reflexao...e quem sabe ainda enfeitá-las com rimas e métricas bem elaboradas.
Mas hoje meus pensamentos são rios intermitentes, não seguem um curso normal...
Reflexos de um dia atipico... de outros fatos que deveriam ser tidos como ilícitos e que se tornaram precários... de alguns atos culpaveis consoante cada ponto de vista...
Reflexos do dia-a-dia que atrai sempre uma característica peculiar...dos altos e baixos do cotidiano... das incertezas e inseguranças... da esperança...da alegria hiperbólica e da melancolia....
Reflexos de uma experiência...
Fica portanto aqui meramente essas idéias nada concatenadas... denunciadoras de uma vida mágica, completa por todos os sentidos, mesmo que indecifrável no momento...

Wanessa Hoffmann -)